Domingo, 22 de Abril de 2007

"Mar Português" - análise

 

 

Tema: O mar - desgraça e glória do povo português.

Três partes lógicas:

1ª parte  ⇒ Dois primeiros versos

  • É uma exclamação do poeta sintetizando as desgraças que o mar nos causou:

             "Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!"

 

 

            Þ Muitas vidas se perderam. Muitos marinheiros foram vítimas de naufrágio ou morreram trespassados pelas flechas dos índios.

 

2ª parte ⇒ Restantes 4 versos da 1ª estrofe

 

  • Justifica as contrapartidas negativas que o mar nos trouxe:

               ⇒Para que o mar fosse nosso, mães choraram, filhos rezaram em vão e noivas ficaram por casar.

 

3ª parte ⇒ 2ª estrofe

  •        Pergunta se valeu a pena suportar tais desgraças, respondendo ele próprio que tudo vale a pena ao ser humano dotado de uma alma de aspirações infinitas. → É que toda a vitória implica passar além da dor e, se Deus fez do mao o local de todos os perigos e medos, a verdade, é que, conquistado, é ele o espelho do esplendor do céu. As grandes dores são o preço das grandes glórias: "Deus pôs o perigo e o abismo no mar, mas nele é que espelhou o céu" (a glória).

  

Recursos Estilísticos:

 

  • Apóstrofe ⇒«Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!» ⇔ Metáfora e Hipérbole
  • O Sal é amargo no sabor e as lágrimas são amargas não só no sabor, mas também no que elas traduzem de sofrimento e dor. ⇒Símbolo do sofrimento, de tantas tragédias provocadas pelo mar.
  • O som l repetido nas palavras fundamentais dos dois primeiros versos ⇒Sugere uma relação necessária e fatal entre as duas realidades: o mar e o sofrimento do povo português.

⇒A confirmar esse sofrimento aparecem as mães, os filhos, as noivas  ⇔ três elementos importantes da família  ⇒ Sugere que foi no plano do amor familiar que os malefícios do mar mais se fizeram sentir.

 

  • Metáfora ⇒ «Por te cruzarmos...» (v.3) → Aponta para cruz, sofrimento.
  • Formas verbais ⇒ Choraram, rezaram, ficaram por casar traduzem sofrimento, aflição, uma dor provocada pela destruição do amor (fraternal, filial e de namorados).

⇒ Isto só porque quisemos que o mar fosse nosso ⇒ Realçado por «Por te cruzarmos» (v.3); «Para que fosses nosso» (v.6).

  • Anáfora → Quantas/Quantos/quantas ⇒ Vem realçar a frequência dessas desgraças familiares.
  • Reiteração ⇒ «valeu... vale» (v.7); «passar... passar» (vs. 9/10) ⇒ Realça a relação necessária entre a dor e o heroísmo.

   

Bibliografia: BORREGANA, António Afonso - O texto em análise. Lisboa: Texto Editora, [s.d.]. 

publicado por novosnavegantes às 21:40
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51 comentários:
De Rita a 5 de Maio de 2011 às 18:53
Obrigada pela análise, ajudou bastante no meu estudo. Continua! ;D
De Diana a 29 de Novembro de 2012 às 14:48
Parabéns foi uma ótima ajuda :) Também sou de línguas e tinha um trabalho para fazer. Ajudou muito
De Coisas a 1 de Maio de 2013 às 22:40
Gostei muito do post. Ajudou-me nem imagina o quanto! =D
De Angela e catarina a 4 de Fevereiro de 2014 às 17:07
Boa tarde, somos alunas do 12º ano.
Parabéns pela análise, foi muito útil .
cumpts
De anonimo a 27 de Fevereiro de 2015 às 12:21
Larga as drogas
De Anónimo a 17 de Dezembro de 2015 às 01:43
Adorei as análises do blog. Muito bom!
De Luanita a 6 de Agosto de 2017 às 22:30
Amei muito bom❤❤😙
De o punheteiro a 9 de Abril de 2018 às 15:14
isto esta tao bom que te fazia um minete
por tua causa tive grande nota
De João Anselmo (Narigudo) a 14 de Janeiro de 2019 às 12:05
vem me fazer um a mim bebe
De João Anselmo (Narigudo) a 14 de Janeiro de 2019 às 11:58
Otima critica, gostei bastante já agora da próxima metam mais Fer0m0nas e WINDOHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Já agora odeio esta matéria
Mas graças a vocês tive uma nega na mesma
Semi-abraços pois nao tenho bracos <3
Já agora subscrevam o PewDiePie
https://www.youtube.com/user/PewDiePie
De Zeca Afonso a 6 de Fevereiro de 2019 às 10:27
Es um burro
De Zeca Afonso a 6 de Fevereiro de 2019 às 10:26

Poema muito mal analisado, nao percebi nada, estrutura externa? nem vê-la...
So me lixou o trabalho, continuação.

Cumprimentos.
Zeca Afonso

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