Domingo, 22 de Abril de 2007

"O Mostrengo" - conclusão da análise

O Mostrengo e o Gigante Adamastor

 

·        Onde eles mais se parecem é no seu conteúdo épico (a força invencível do mar e a vontade férrea de um marinheiro que representa a força de um povo.

·        O fim dos dois é elevar os portugueses ao nível da heroicidade.

·        O texto de pessoa é mais curto que o de Camões

                                                        ß

Por isso, mais denso, mais simbolista, sendo nele mais importante o que se sugere do que o que se afirma claramente.

 

·        Pessoa ® Mais verosimilhança, ao colocar o homem do leme ao serviço de D. João II (foi neste reinado que se ultrapassou o Cabo das Tormentas).

 

Camões ® O interlocutor do Gigante é Vasco da Gama, ao serviço de D. Manuel I.

 

·         Pessoa ® Mais profundamente épico-dramático = centra a emoção na pessoa do homem do leme, que evolui do medo para a coragem e ousadia; o terror e repugnância do Mostrengo esbatem-se à medida que cresce a força e a coragem do marinheiro.

·         Pessoa ® O monstro é vencido pela coragem do marinheiro.

 

Camões ® é o Gigante que se declara um herói vencido pelos males do amor.

                    ß

A tensão dramática e a força épica diluem-se bastante, na medida em que o poeta transpõe a tensão emocional do marinheiro para o Gigante.

 

·         Nível lexical Þ expressões caracterizantes do Gigante (horrendo e grosso) e do mostrengo (imundo e grosso).

 

Þ Os dois usaram o adjectivo grosso para nos dar a ideia de monstro feio, mas Pessoa preferiu imundo a horrendo (= dois latinismos, qualquer deles muito expressivo).

 

 

 

Conclusão: A sombra de Camões projecta-se claramente neste poema, o que não tira originalidade ao poeta da Mensagem que foi superior a Camões em densidade épico-dramática.

 

 

Bibliografia: BORREGANA, António Afonso - O texto em análise. Lisboa: Texto Editora, [s.d.]. 

publicado por novosnavegantes às 21:22
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