Quinta-feira, 22 de Novembro de 2007
Não existe uma linha mestra para caracterizar a palavra liberdade. Apercebemo-nos, sim, que é algo incapaz de se definir, pois cada um é como cada qual e as opiniões divergem. Mas, contextualizando no Mundo em que vivemos, liberdade será, de uma forma geral, a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo.
Liberdade para escolhermos e para decidirmos o nosso futuro, as nossas escolhas, para podermos expressar a nossa opinião acerca de um qualquer assunto que esteja a ser exposto na praça pública ou até mesmo no interior das nossas casas. Mas o que fazemos nós com a liberdade que nos é concedida? Pensamos que onde há escolha há liberdade. Mas a escolha dá liberdade? Na sociedade actual vemos constantemente vidas destruídas, crianças abusadas, guerra, escravidão... Será que essas pessoas escolheram viver assim? Será que apenas não são livres porque não podem, ou porque se restringiram à liberdade que lhes foi concedida? Claro que uma criança, que é vítima de maus-tratos e abusos, nunca terá a capacidade de expandir a sua liberdade, pois desde cedo foi forçada a abdicar do direito de querer ou não ser livre. Nessas sociedades as pessoas são reprimidas e controladas, devido às escolhas de terceiros. Então são colocadas por todo mundo as seguintes questões: “Por que temos que escolher? Então, o que é liberdade? É algo que se baseia na opção?” Se for assim, a liberdade não existe, pois ao expandirmos a nossa liberdade estaremos a reprimir a liberdade dos outros. Mas onde está a liberdade? Se não está no que escolhemos, também não está no que fazemos, porque para fazermos temos de escolher.
Na minha opinião, a liberdade começa dentro de nós, não tem nada a ver com a liberdade individual, ou seja, aquela onde queremos mostrar ao mundo a nossa opinião, nem a liberdade exterior, onde o mundo nos impõe uma independência com limites. Não. No interior de cada um de nós tem de ocorrer a vontade de sermos totalmente livres, de não termos receio das provações futuras e das consequências do passado. Desobstruir a nossa mente de medos, ansiedades, desesperos e das mágoas e feridas que sofremos.
Se a nossa mente estiver poluída com tais pensamentos, não seremos livres, pois o nosso espírito estará ligado a imagens e essas irão obrigar-nos a estabelecer escolhas. Então, o que é liberdade? É fazer exactamente o que queremos?
Temos de começar a compreender a grandeza da liberdade; precisamos começar com aquilo que está mais perto: nós mesmos. A liberdade não é algo que se adquire, é algo que nasce connosco e que a nós e só a nós cabe compreender. A grandeza da liberdade, a verdadeira liberdade, está em nós mesmos quando a ordem é completa. E essa ordem só vem quando somos uma luz para nós mesmos. A capacidade de expressarmos as nossas ideias pode-nos ser negada, mas, enquanto lutarmos para sermos livres, um dia ela acabará por nos ser concedida; cabe a cada um de nós expor a possibilidade e encararmos as dificuldades dessa mesma decisão.
“O mais livre de todos os homens é aquele que consegue ser livre na própria escravidão.” (François Fénelon)
“Só é digno da liberdade, como da vida, aquele que se empenha em conquistá-la.” (Johann
Goethe)
Todos os dias, penso: O que irei fazer hoje que não fiz ontem? - O que farei de extraordinário que me fará lembrar este dia?
Perguntas às quais quase nunca encontro resposta. Perguntas que ficam para o dia seguinte e assim sucessivamente.
Terei oportunidade de aproveitar todos os momentos que me serão proporcionados: Um abraço, um toque, um olhar, um carinho a uma pessoa? Fico a pensar neste assunto, chego à conclusão que nunca irei aproveitar todos estes momentos. Certamente, devido a vários factores: orgulho, teimosia, arrogância. Será que vou usufruir deles novamente? Será que terei outra conjuntura favorável? Talvez! Quem realmente sabe a resposta a este tipo de interrogações?
No final de cada dia penso: Podia ter feito aquilo de outra maneira, o que me deu na cabeça para o fazer daquela? - Não poderei a mudá-lo. As escolhas que fiz terão afectado o meu futuro? A minha (pouca?) experiência de vida faz-me pensar que sim.
Com o passar do tempo deixo de poder fazer determinadas coisas. Coisas que a sociedade não aceita com bons olhos a alguém com a minha idade. Vêm as responsabilidades, vão os divertimentos. Poderei eu fazer algo de extraordinário todos os dias? Algo que me faça pensar não estou arrependido de ter feito isto. Penso que nunca haverá um dia assim.
Arrependo-me do que faço, porque não penso no acto antes de agir, isto é, vou agindo em conformidade com a intuição e só depois penso nas consequências das acções proferidas pelo meu eu, este sujeito Franciscano que me impele, que me conduz por este mundo que nada merece! O mais interessante é o não arrependimento que intimamente sinto. Algo não me deixa pensar nas possíveis consequências de tudo o que as minhas acções podem originar. Por vezes, mas só por vezes, a satisfação pessoal é mais importante – Eu sou mais importante!
"Embora seja curta a vida que nos é dada pela natureza, é eterna a memória de uma vida bem empregada." (Cícero)
Francisco Cruz, 10º F
Será que o tempo, o “nosso tempo”, é o mesmo que o de qualquer outro ser? Viveremos nós na era da escassez do tempo?
Tornamo-nos mais velhos à medida que os anos passam, e de braço dado com o avanço da idade surge a tendência para o isolamento. Enquanto crianças temos todo o tempo do mundo, porque não pensamos nele, não pensamos em nada, simplesmente.
A inocência com que se encara a vida faz de nós os melhores e mais bonitos seres à face da Terra.
Crescendo, começamos a ter consciência do real (ou a idealização do real, porque nada nem ninguém nos afirma o que é a realidade), a ter noção que o tempo nos foge entre os dedos como a areia daquela praia deserta passa pelo crivo das nossas memórias. E aí “o outro” deixa de ser “o” definido para nós, e passa a ser o indefinido e o dispensável. E porquê? Porque é que a cada momento de crescimento sentimos, cada vez mais, a necessidade de independência e de desprendimento dos humanos?
Senão vejamos e reparemos na nossa sociedade. Quantas vezes acontece que jornalistas ou anónimos, param na rua, fazem uma pergunta e a resposta é sempre a mesma: “Agora não. Não tenho tempo.” Ou, então, se fizermos uma visita aos lares da terceira idade reparamos que os visitantes são cada vez mais escassos. E porquê? “ Porque não tenho tempo”. Pergunto-me com alguma relutância (e esforço-me por não tentar acreditar) que estará o Homem a atribuir ao tempo a responsabilidade de se estar a tornar um ser anti-social e egoísta?
É triste caminharmos neste sentido. Estamos a tornar-nos numa sociedade materialista e desprezando o contacto humano, as relações e as sensações.
Há pressa para abraçar alguém, não há momento para se olhar e ver a beleza interior do Homem. É uma autêntica perda de tempo. Mas o tempo perde-se? E se se perde é porque alguém o detém? E quem o detém? Não será mais fácil pararmos, pensarmos e pensarmos para pararmos?
A vida é melhor, vivida com alguém ao nosso lado e para esses, para os “importantes”, há sempre tempo, porque o tempo cronológico passa igual para todos, mas o psicológico somos nós que o fazemos passar!
Vanessa Jerónimo, 10º F
Sábado, 17 de Novembro de 2007
A equipa da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos organiza, mais uma vez, a Feira de Artesanato na Escola Secundária de Seia. Como habitualmente, a VII Feira de Artesanato decorre na última semana de Novembro, de 26 a 30, no Polivalente da Escola Secundária de Seia. Esta feira tem tido uma grande adesão por parte dos Artesãos e por parte da Comunidade.
A Feira de este ano conta com onze espaços, animados por diferentes artesãos, incluindo a equipa da BE/CRE, com a venda de materiais artesanais com a aplicação da técnica do guardanapo em madeira, vidro, tecido e tela, e bijuteria, revertendo o resultado para a aquisição de prémios para os concursos e outras necessidades.
O maior êxito para este evento e para todos os que nele se encontram implicados.
A Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da Escola Secundária de Seia comemorou o Dia Internacional da Biblioteca Escolar com a realização de um Bibliopaper. A adesão a este evento foi bastante significativa, tendo participado dezasseis equipas. As horas em que decorreu esta actividade trouxeram muita animação e entusiasmo à Biblioteca, com os alunos atarefados à procura das respostas correctas.
Foi uma actividade interessante que esperamos que seja um prenúncio das várias que a Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos vai desenvolver ao longo do ano.